Inuteis despedidas, adeus que sequer me dei o trabalho de dar. Vidas que nao explicam junção, muito menos seus encontros.
Olhando pelo retrovisor, ainda posso tocar o tempo. Nao parece passado, apenas uma reapresentacao do presente. Mas nao reconheço olhares e nem sensações.
Nao arrisco olhar futuro agora, porque nem consigo entender seu olhar no presente. Olhado tão recentemente.
E nem me esforco mais, a atitude natural de seguir sozinha lhe trouxe a reação mais inesperada, porem tão natural. Mostrando estar marcado, marcar-se a todo custo...
Infantil tentativa de proteger-se da própria fuga. Desespero óbvio em um tempo que já não lhe cabe mais.
E não há mais o que revirar. Tudo que não coube no tempo certo, perdeu-se. Rearranjado sem qualquer harmonia base. Perdeu o tempo, desafinou na melodia... nao tem volta e nem para onde voltar, menos ainda para seguir.
"num céu de estrelas multicoloridas, existe uma que eu não colori"
Nem vi gizes de cera suficiente.
Sem pincéis ou aquarela, vi apenas o preto no branco e ficou simplesmente cinza.
Arranhões, marcas e cicatrizes do que parecia uma lufada de ar fresco.
Feridas abertas sob o teu olhar ...
Mas a pagina esta virada, porém marcada!
"Bem mais que o tempo, que nós perdemos, ficou pra trás também o que nos juntou. Ainda lembro que eu estava lendo, só prá saber o que você achou dos versos que eu fiz e ainda espero resposta"
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